
Reflexões sobre um dos mais belos e profundos poemas de Montaigne. O escritor, filósofo e humanista francês, Michel de Montaigne, disse que quando queria lidar com o medo da morte recorria a Sêneca. O quê Sêneca fala sobre a morte?
Sêneca entende que a morte é um dos deveres da existência, cabendo ao homem ideal, o sábio senequiano, ser formado no sentido de tomar consciência de que a condição humana está sujeita à mortalidade. Assim, cabe à filosofia formar o homem para não ser atormentado pelo medo e angústia diante da morte.
A morte era recebida como um fenômeno natural e esperado, por isso para Sêneca esta realidade definitiva não era um mal, o mal seria temê-la, pois faz parte da existência; portanto, o homem deveria estar pronto a enfrentar corajosamente essa realidade inevitável.
Ninguém se deteve de forma tão profunda e brilhante sobre a maior das aflições humanas: o medo da morte. Sêneca, numa carta a um discípulo, escreveu uma frase célebre: "E por mais que te espantes aprender a viver não é mais que aprender a morrer".
No poema "Esquece o futuro", Montaigne se vale desse medo da morte para vivenciar o presente com urgência, beleza e muita vontade.
Esquece o Futuro - Poema
Concluindo:
Existe uma grande promessa com a morte, que não é o fim e sim uma mudança, uma passagem dessa vida terrena para a verdadeira vida, a vida eterna. Em Ezequiel 18:4 lemos: Eis que todas as almas são minhas, diz o Senhor. O corpo volta ao pó e a alma retorna a casa do Pai.
E Jesus diz: "Aquele que crer em mim, mesmo que morto viverá"
Portanto "a morte é um dia que vale a pena viver "", como diz a escritora Ana Cláudia Quintana Arantes, que nos fala em seu livro: "O que deveria nos assustar não é a morte em si, mas a possibilidade de chegarmos ao fim da vida sem aproveitá-la, de não usarmos nosso tempo da maneira que gostaríamos"".
Carpe Diem