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TRADIÇÃO

'Mercado da fé' marca tema da quadrilha junina Moleka 100 Vergonha, representante da Paraíba em festival do NE

Tema tem o objetivo de despertar os sentimentos dos valores do perdão, questionar um 'mercado da fé' que se aproveita dos fiéis e reforçar que a fé não tem preço Toda a disputa começa no local, mas pode chegar uma quadrilha como a Moleka 100 Vergonha para o título nacional, como já aconteceu uma vez na história.

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Tema tem o objetivo de despertar os sentimentos dos valores do perdão, questionar um 'mercado da fé' que se aproveita dos fiéis e reforçar que a fé não tem preço Toda a disputa começa no local, mas po
Despertar os sentimentos dos valores do perdão, questionar um "mercado da fé" que se aproveita dos fiéis e reforçar que a fé não tem preço são os principais objetivos do tema da quadrilha junina Moleka 100 Vergonha, de Campina Grande, no Agreste da Paraíba. Após vencer as etapas municipal e estadual, o grupo disputa o título nordestino 2024, neste sábado (22).

Como o tema "A graça não é de graça", a quadrilha junina conta a história do casal Graça e Bento, que tinha vontade de casar na noite de São João.

Como funcionam as disputas de quadrilhas juninas

Todos os anos, mais de 1.500 dançarinos, que participam de diferentes quadrilhas juninas da Paraíba, realizam uma verdadeira maratona de ensaios e apresentações em busca de boas notas, de títulos, de excelência no desempenho artístico. Não é apenas festa ou diversão. É competição. Que tem como objetivo final as disputas regionais e nacional, o reconhecimento de quadrilheiros do Nordeste e do Brasil, mas que se inicia no microcosmo de suas respectivas comunidades.

Isso acontece porque as mais de 160 quadrilhas juninas de competição registradas atualmente na Paraíba e que participam dos festivais pelo estado representam acima de tudo suas localidades. Em municípios maiores, como João Pessoa e Campina Grande, simbolizam seus bairros ou comunidades (muitas vezes periféricas), mas em outros casos as quadrilhas juninas representam a própria cidade, ou mesmo uma região específica da Paraíba que agrega um conjunto de municípios menores.

As diferentes competições respeitam um conjunto de regras comum, com critérios e quesitos iguais entre si, e que funcionam a partir de um sistema de classificação para etapas maiores, sempre mais importantes e mais abrangentes.

Como acontece em outros estados, portanto, a disputa na Paraíba se inicia antes de tudo a partir de disputas locais, que classificam para uma etapa estadual e assim por diante. Por exemplo, são dez festivais de quadrilhas juninas que atualmente são organizados na Paraíba e que compõem a Federação das Entidades das Quadrilhas Juninas da Paraíba.

É desta forma que existem, por exemplo, os festivais de quadrilhas juninas de João Pessoa, de Campina Grande e do Agreste. São considerados os maiores e de maior visibilidade, mas todos indistintamente acabam por fazer parte de uma mesma estrutura competitiva.

Ainda assim, o festival de João Pessoa aconteceu este ano no Busto de Tamandaré, numa estrutura montada na orla pessoense. Já o de Campina Grande e o do Agreste aconteceram na tradicional Pirâmide do Parque do Povo.

De cada eliminatória regional, se classificam três para o Festival Paraibano de Quadrilhas Juninas.

A partir daí, a disputa ganha outras esferas. A campeã paraibana disputa o Festival de Quadrilhas Juninas da Globo Nordeste. Já a vice-campeã vai para o Festival da União Nordestina de Entidades Juninas. Tem mais. É a campeã do Festival da Globo Nordeste quem vai representar a região na etapa nacional.

O que é levado em consideração na hora da competição

Para o público que costuma lotar os diferentes festivais Paraíba afora, o que existe é uma grande festa, que preserva e respeita as tradições culturais do Nordeste brasileiro.

Para os quadrilheiros, é disputa, competição e rivalidade. Em que a quadrilha junina tem que defender o tema de sua apresentação e passar uma mensagem para público e jurados.

E tudo isso acontece porque as disputas são mesmo levadas a sério. Com regras que precisam ser respeitadas. Por exemplo, cada quadrilha junina tem 40 minutos a disposição para dizer a que veio. Esse tempo é dividido em dez minutos para a entrada no arraial e trinta minutos para a exibição em si. Mas já na entrada os jurados começam a ficar atentos.

São nove os quesitos que são analisados a cada apresentação:

Entrada no arraial

Figurino

Marcador

Coreografia

Animação

Conjunto

Repertório musical

Casamento

Saída do arraial

Em cada um dos festivais, são sete jurados escolhidos. E cada um deles avalia todos os critérios, atribuindo assim uma nota, em cada quesito, para cada uma das quadrilhas juninas participantes. Com o detalhe de que, por força de regulamento, os jurados de uma fase não podem ser aproveitados em outra fase. Assim, nenhum dos 70 jurados que trabalham nas dez etapas locais pode ser selecionado para a etapa estadual.

Fonte: PORTAL SERTÃO COM G1

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