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Após vazamento de áudios, defesa de Cid fala em 'desabafo'; militares veem reação a indiciamento

Os advogados de Mauro Cid enviaram ao blog a manifestação oficial sobre os áudios revelados pela revista Veja.

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Os advogados de Mauro Cid enviaram ao blog a manifestação oficial sobre os áudios revelados pela revista Veja.

Nos áudios, Cid aparece criticando o ministro Alexandre de Moras, do Supremo Tribunal Federal (STF). Moraes é relator das investigações, de que Cid é alvo, sobre tentativa de golpe de Estado no fim do governo de Jair Bolsonaro e sobre fraude em cartão de vacina para beneficiar Bolsonaro.

Cid também sugere que policiais federais das investigações "queriam que eu [Cid] falasse coisa que eu não sei, que não aconteceu".

O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e tenente-coronel do Exército fechou acordo de delação premiada com as autoridades. Isso significa que ele se comprometeu a contar o que sabe para as autoridades em troca de redução da pena.

Nesta semana, Cid, um dos principais assessores de Bolsonaro, foi indiciado pela Polícia Federal no inquérito da fraude no cartão de vacina.

Segundo o advogado Cezar Bittencourt, "Mauro César Babosa Cid em nenhum momento coloca em xeque a independência, funcionalidade e honestidade da Polícia Federal, da Procuradoria-Geral da República ou do Supremo Tribunal Federal na condução dos inquéritos em que é investigado e colaborador, aliás, seus defensores não subscrevem o conteúdo de seus áudios".

A defesa afirmou ainda que os áudios revelam um "desabafo", já que Cid vive um momento de angústia "pessoal, familiar e profissional".

"Os referidos áudios divulgados pela revista Veja, ao que parecem clandestinos, não passam de um desabafo em que relata o difícil momento e a angústia pessoal, familiar e profissional pelos quais está passando, advindos da investigação e dos efeitos que ela produz perante a sociedade, familiares e colegas de farda", continuou Bittencourt.

A banca de advogadas que assina a nota reforça que "de forma alguma, comprometem a lisura, seriedade e correção dos termos de sua colaboração premiada firmada perante a autoridade policial, na presença de seus defensores constituídos e devidamente homologada pelo Supremo Tribunal Federal nos estritos termos da legalidade".

Colegas de Cid desconfiam de reação a indiciamento

Militares próximos a Cid, ouvidos pelo blog , acreditam que o tom dos áudios pode estar relacionado a uma indignação de Cid pelo indiciamento no caso da vacina. A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid e mais 15 pessoas pelo caso de falsificação de certificados de vacinas da Covid. Esses colegas acham que o indiciamento dele no caso da vacina o desequilibrou e que a situação jurídica dele mostra que ele não será promovido a coronel, como desejava.

Segundo a revista, os áudios são da semana passada, antes do indiciamento . O blog questionou essas fontes sobre isso, e a resposta foi que o indiciamento já era esperado e Cid achava que a delação poderia impedir indiciamentos. Os termos da delação de Cid e seus benefícios estão em sigilo , portanto, não é possível saber o que a delação garante ao militar. No seu entorno, militares – que também não sabem o teor da delação – dizem que ele estaria incomodado e fez um desabafo.

O termo desabafo, falado no bastidor , coincide com a nota oficial da defesa.
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