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Estados Unidos

No discurso do Estado da União, Biden afirma que a liberdade e a democracia estão sob ataque nos EUA e no mundo

"Meu propósito é acordar o Congresso e alertar o povo americano que este não é um momento qualquer"

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O presidente dos Estados Unidos prometeu que, se tiver apoio do Congresso, vai restaurar o direito ao aborto em todo o país, derrubado pela Suprema Corte em 2022. Biden alerta para ameaças à democracia nos EUA

Nos anos em que os Estados Unidos têm eleição presidencial, o discurso tradicional em que o presidente americano se dirige ao Congresso ganha um tom de campanha eleitoral. Na quinta-feira (7), isso se repetiu. O atual ocupante da Casa Branca, Joe Biden, fez críticas ao adversário eleitoral, Donald Trump, e alertou para ameaças ao futuro dos Estados Unidos e do planeta.

A oito meses da eleição presidencial, Joe Biden começou o discurso com um tema pilar da campanha: liberdade e democracia.

"Meu propósito é acordar o Congresso e alertar o povo americano que este não é um momento qualquer", disse Biden.

Usou o nazismo na Europa para lembrar que a liberdade e a democracia estão sob ataque dentro e fora de casa.

O presidente citou a guerra da Rússia na Ucrânia como uma ameaça ao mundo livre e pediu que o Congresso aprove mais ajuda aos ucranianos.

"Se alguém nesta sala pensa que Putin vai parar na Ucrânia, eu te garanto: ele não vai", afirmou o presidente dos EUA.

Biden também voltou a demonstrar apoio a Israel na guerra contra o Hamas. Disse que os israelenses têm direito de ir atrás do grupo terrorista, mas enfatizou que Israel tem a responsabilidade fundamental de proteger civis em Gaza.

"Mais de 30 mil palestinos foram mortos. A maioria não é do Hamas. Milhares e milhares de inocentes, mulheres e crianças", disse o presidente.

Joe Biden usou o tradicional discurso anual no Congresso para falar dos temas que mais preocupam o eleitorado americano. Ele não citou nenhuma vez o nome de Donald Trump. Mas em uma hora e oito minutos de discurso não poupou críticas ao ex-presidente - e dividiu opiniões.

Biden usou a palavra "antecessor" 13 vezes para se referir ao adversário. O presidente criticou Donald Trump por querer enterrar a verdade sobre o 6 de janeiro, quando apoiadores do ex-presidente invadiram o Congresso para impedir a certificação das eleições de 2020.

"Você não pode amar seu país apenas quando vence", afirmou Biden.

O presidente prometeu que, se tiver apoio do Congresso, vai restaurar o direito ao aborto em todo o país, derrubado pela Suprema Corte em 2022. Ao se dirigir aos juízes, disse que eles estão prestes a ver o poder político das mulheres.

'Superterça' é fundamental na eleição dos EUA, que tem a imigração como um dos temas principais em 2024

Ao falar sobre migração, um dos principais desafios que enfrenta, pediu que o Congresso aprove uma nova lei que autorize o presidente a fechar a fronteira a qualquer momento, quando o número de migrantes aumentar. Mas prometeu: "Não vou demonizar imigrantes".

O deputado republicano Carlos Jimenez disse que o discurso causou mais divisão ao colocar a culpa de tudo na oposição.

"Foi um discurso zangado e fora da realidade", afirmou o deputado republicano John Duarte.

Biden terminou com outro problema que o persegue na campanha. Disse que já foi chamado de muito jovem quando era senador, com 29 anos e, agora, de muito velho, com 81. E concluiu:

"O problema não é quantos anos temos, mas quantos anos têm as nossas ideias. Ódio e vingança estão entre as ideias mais antigas. Não podemos liderar o país com ideias que nos levam para trás", afirmou.

Fonte: g1

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