PORTAL SERTÃO COM G1
Os réus devem ser ouvidos apenas no mês de junho, quando a audiência vai ser retomada. Padre Egídio de Carvalho Neto, ex-diretor do Hospital Padre ZéA primeira audiência de instrução do processo que apura um esquema de desvios de recursos no Hospital Padre Zé, iniciada nesta segunda-feira (20), foi suspensa após a defesa do padre Egídio de Carvalho insistir no no depoimento de testemunhas que faltaram. Com isso, os três acusados, o padre e as ex-diretoras do hospital, Jannyne Dantas Miranda e Amanda Duarte da Silva Dantas, não foram ouvidos pela Justiça.Na audiência desta segunda, foram ouvidas sete testemunhas, sendo seis apresentadas pelos réus e uma testemunha de acusação. De acordo com o Tribunal de Justiça da Paraíba, a audiência vai será retomada no dia 13 de junho. Nesta data, serão ouvidas as testemunhas de defesa e também serão interrogados os réus. O g1 tentou contato com a defesa de padre Egídio, mas não teve retorno até a última atualização desta notícia. A audiência é referente à Operação Indignus, que investiga desvios na gestão do hospital, será realizada no Fórum Criminal de João Pessoa. A Justiça autorizou que ela poderia acontecer de forma presencial ou semipresencial. Estão citados no processo o padre Egídio de Carvalho e as ex-diretoras do Hospital Padre Zé, Jannyne Dantas Miranda e Silva e Amanda Duarte da Silva Dantas (ex-tesoureira), investigados por suspeita de envolvimento em esquema de desvio de recursos e fraudes na gestão da unidade hospitalar, em João Pessoa.Já a audiência de instrução do processo em que padre Egídio é investigado por supostas fraudes na compra de computadores será realizada em 27 de maio. Nesse processo, também são investigados Amanda Duarte e o empresário João Diógenes de Andrade Holanda, suspeitos de desvio de recursos públicos destinados à aquisição desses equipamentos.HOSPITAL PADRE ZÉ: entenda operação que investiga desvio de verbas e tem padre como principal suspeitoQuando começou a investigação?A operação 'Indignus' foi deflagrada na manhã do dia 5 de outubro, mas as irregularidades no Hospital Padre Zé começaram a ser investigadas quando mais de 100 aparelhos celulares foram furtados da instituição. Esse caso foi tornado público em 20 de setembro. A denúncia, no entanto, foi feita em agosto e imediatamente um inquérito policial foi aberto. Um suspeito, inclusive, chegou a ser preso, mas responde em liberdade e cumpre medidas cautelares.Padre Egídio deixou a direção do hospital logo após a denúncia sobre o furto de celulares. Os celulares foram doados pela Receita Federal, oriundos de apreensões, e seriam vendidos em um bazar solidário para comprar uma ambulância com UTI e um carro para distribuição de alimentos para pessoas em situação de vulnerabilidade.No desenrolar das investigações do furto, a Arquidiocese da Paraíba anunciou que estava afastando o padre Egídio de qualquer ofício ou encargo eclesiástico. Na prática, ele fica proibido de ministrar missas ou qualquer outro sacramento da igreja.Após o furto dos celulares, uma denúncia anônima foi apresentada ao Ministério Público da Paraíba apontado uma série de irregularidades na gestão do padre Egídio.Na terça, 3 de outubro, uma força-tarefa composta por órgãos públicos da Paraíba foi formada para investigar irregularidades no Hospital Padre Zé.O Hospital Padre Zé, em João Pessoa, afirmou que constatou inúmeras dívidas que comprometem sua funcionalidade após avaliar a situação operacional, funcional, contábil e financeira da instituição. A gestão disse que a primeira providência foi solicitar ao Ministério Público da Paraíba uma ampla auditoria em todas as contas, contratos, convênios e projetos do hospital.