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Poder e disputa

Cícero Lucena x Efraim Filho: O Jogo de poder na federação

Disputa política na Paraíba e o poder das emendas: quem controla os partidos e bilhões do orçamento decide o rumo do jogo eleitoral.

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A disputa pelo comando da possível federação entre União Brasil e Progressistas na Paraíba ganhou um novo capítulo nesta manhã. O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, rebateu as declarações do senador Efraim Filho, que havia argumentado que o controle da federação caberia a quem tem mandato até 2030—ou seja, a ele próprio.

Cícero, por sua vez, apresentou outra lógica: o comando da federação deve ficar com o partido que possuir a maior bancada federal. Se o critério for esse, o Progressistas (PP) leva vantagem, já que possui mais deputados federais. No entanto, se for considerado o total de parlamentares no Congresso, a disputa fica empatada, com dois representantes para cada lado. Nesse caso, a filiação da senadora Daniella Ribeiro ao PP poderia desequilibrar a balança.

O embate revela uma realidade: não haverá facilidade na definição do comando da federação na Paraíba. O jogo político está longe de ser decidido, e a tendência é que algum grupo saia enfraquecido. Na prática, isso pode significar que alguns quadros terão que deixar seus partidos, caso não queiram se alinhar à nova configuração de poder.

Emendas Parlamentares: O Orçamento Nas Mãos do Congresso

Enquanto os partidos disputam espaço, deputados e senadores seguem exercendo um poder sem precedentes sobre o orçamento nacional. As emendas parlamentares para 2025 foram fixadas em impressionantes R$ 50,4 bilhões—mais que o dobro do orçamento total da Paraíba, que gira em torno de R$ 21 bilhões.

A diferença, porém, não está apenas nos valores, mas na flexibilidade. O orçamento da Paraíba, como de qualquer estado, é engessado por despesas obrigatórias—folha de pagamento, previdência e custeio da máquina pública. Na prática, o governo estadual tem apenas cerca de R$ 5 bilhões para investimentos livres. Já os parlamentares, com suas emendas, controlam R$ 50 bilhões de forma totalmente discricionária.

O critério para a destinação desse dinheiro? Político. Não há regras técnicas que priorizem a real necessidade da população. Quem manda na distribuição é quem tem a caneta, e o destino das verbas depende do que for mais vantajoso eleitoralmente para cada deputado ou senador.

Essa concentração de poder nas mãos do Congresso reflete um modelo que enfraquece os estados e fortalece o jogo político em Brasília. As emendas, que deveriam ser um instrumento para atender demandas locais, tornaram-se um trunfo eleitoral nas mãos de quem pode decidir para onde o dinheiro vai.

No fim das contas, enquanto políticos brigam pelo controle partidário e pela destinação de recursos, o povo segue à margem dessas decisões. O problema não é a existência das emendas, mas sim a forma como são usadas: sem transparência, sem critérios técnicos e sempre com um objetivo bem definido—manter o poder nas mãos de quem já o tem.

Fonte: TV e Portal Sertão

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