
A Justiça Eleitoral tem apertado o cerco contra prefeitos que utilizam a máquina pública para favorecer candidaturas, e a recente cassação do prefeito de Aurora acendeu o alerta em diversas cidades. Em Triunfo, o Ministério Público investiga o prefeito Expedito Filho por suspeita de abuso de poder econômico nas eleições, com foco na contratação excessiva de pessoal e no aumento expressivo da folha salarial em pleno período eleitoral.
Segundo denúncias, a gestão de Expedito Filho elevou a folha de pagamento em quase 50% durante a campanha municipal, o que pode configurar uma tentativa de beneficiar sua base política. No mesmo período, sua esposa concorria à prefeitura do município vizinho, Poço José de Moura. A investigação também apura denúncias sobre transferências de eleitores entre os dois municípios, o que poderia indicar manobras para influenciar o pleito.
A legislação eleitoral proíbe contratações e aumentos de despesas em ano eleitoral, salvo exceções legais, justamente para evitar o uso da estrutura pública em benefício de candidatos. O caso de Triunfo, agora sob escrutínio do Ministério Público, pode seguir o mesmo desfecho da decisão judicial em Aurora, onde o prefeito teve seu mandato cassado por abuso de poder econômico e uso indevido da máquina pública.
A investigação segue em andamento e poderá resultar em novas decisões judiciais que reforcem o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a necessidade de coibir práticas irregulares durante as eleições.
Fonte: TV E PORTAL SERTÃO