
A saúde mental dos brasileiros, agravada pelos efeitos devastadores da pandemia de Covid-19, vem ganhando cada vez mais espaço na mídia e despertando preocupação entre especialistas e a sociedade. Independentemente dos investimentos em infraestrutura, saúde ou turismo, o desgaste emocional da população apresenta sinais alarmantes.
Dados recentes apontam para um aumento significativo nos níveis de estresse, depressão e suicídios, evidenciando prejuízos não só para os trabalhadores, mas também para as empresas e a economia. Em 2024, o Brasil registrou mais de 470 mil afastamentos do trabalho por transtornos mentais – o maior número desde 2014 –, revelando uma crescente dependência de medicamentos antidepressivos e sedativos sem a devida orientação médica.
A situação se agrava especialmente entre os adolescentes, imersos em pressões diárias e no uso excessivo das redes sociais, enquanto muitos pais, absortos em suas próprias batalhas, não conseguem identificar o sofrimento dos filhos. Esse cenário de negligência pode culminar em uma crise ainda mais profunda e de difícil reversão.
Wgleyson de Souza destaca que a principal denúncia recai sobre a postura dos governantes – municipais, estaduais e federal – que, focados na manutenção do poder e na conquista de votos, parecem ignorar uma pandemia silenciosa que já afeta milhões de brasileiros. Enquanto se celebram conquistas e investimentos, o custo emocional da população é deixado de lado, colocando em risco o sistema de saúde e a estabilidade econômica do país.
É urgente que o Poder Público amplie os mecanismos de apoio à saúde mental, investindo na criação de programas efetivos e na ampliação dos serviços das Secretarias de Saúde. A omissão de medidas preventivas e o descaso com os sinais de alerta podem resultar em um surto de transtornos, cujos custos humanos e financeiros serão irreparáveis.
Fonte: PORTAL SERTÃO