
"No mês passado, antes do Carnaval, comentei sobre um incidente envolvendo um caminhão de coleta de lixo que atolou em um calçamento recém-construído pela atual gestão, sob responsabilidade do prefeito Expedito Filho. O que mais me preocupa, no entanto, é que, em 10 de fevereiro, aproximadamente, uma escola municipal foi inaugurada e, pouco depois, a estrutura da cobertura desmoronou."
"O município poderia estar em luto por adolescentes, crianças e funcionários públicos que poderiam ter sido vítimas dessa tragédia. A responsabilidade ainda não está clara: seria do município, do gestor ou da empresa responsável pela obra? Mas um ponto não pode ser ignorado: eu não sou engenheiro, mas o prefeito é. E, embora não seja sua obrigação direta como gestor fiscalizar cada obra, sua formação na área deveria garantir que houvesse uma equipe qualificada para acompanhar a execução dos projetos."
"Isso não é um problema pequeno. O próprio prefeito afirmou que o investimento na obra da escola foi de mais de R$ 1,3 milhão, e ainda assim a estrutura desabou. Quem garante que outras construções também não estão comprometidas? Estamos falando de vidas, e isso não pode ser tratado com descaso."
"É urgente que o Ministério Público intervenha, fiscalize e faça uma vistoria técnica em todas as obras anunciadas pela atual gestão. O discurso da administração é de que este é o prefeito que mais construiu obras, mas será que também é o prefeito que mais constrói problemas? A realidade no município mostra um cenário preocupante: calçamentos que parecem feitos de material frágil, atolamentos em vias recém-pavimentadas e obras que não resistem ao tempo."
"Enquanto isso, parte da imprensa local se cala. Alguns veículos e profissionais parecem mais preocupados em manter uma relação próxima ao prefeito do que em noticiar fatos de interesse público. E a população? Como fica diante de tudo isso?"
"No caso do calçamento, testemunhei pessoalmente a fragilidade da obra. Não houve uma grande chuva, mas, ainda assim, o solo cedeu. Primeiro, um carro compactador de lixo ficou atolado. Agora, um caminhão leve, sem carga, também não conseguiu passar. Isso não é normal. Não estamos falando de lama, mas de um calçamento novo, recém-feito."
Além disso, há denúncias de que a prefeitura estaria distribuindo dinheiro a moradores próximos à escola para que não comentassem sobre o desabamento. Se isso for verdade, é ainda mais grave. O prefeito precisa explicar essa situação.
"E o Legislativo municipal? Onde estão os vereadores? Nenhum deles se manifesta? Nenhum se preocupa em levar essa situação para debate na Câmara? Investiram R$ 1,3 milhão em uma escola, e parte da estrutura desabou! E ainda assim não há uma única comissão formada para fiscalizar?"
"Senhor presidente da Câmara, vereadores, o papel de vocês não é apenas apoiar o prefeito. É representar o povo. O mínimo que se espera é que essa situação seja levada à Câmara e que seja feita uma fiscalização séria, antes que uma tragédia aconteça."
"O desmonte das obras no município de Triunfo é evidente. O dinheiro público está sendo desperdiçado. Será que ninguém vê isso? Será que apenas eu estou enxergando? O Ministério Público, os deputados que apoiam essa gestão, também não percebem o que está acontecendo?"
"Se não há superfaturamento, se não há irregularidades, que provem isso. Mas os fatos mostram um cenário alarmante: calçamentos afundando, paredes frágeis, construções que não duram. Até o material utilizado levanta suspeitas. Cimento com areia não fica branco como essas construções."
"A prova está aí: um caminhão de lixo atolado em um calçamento novo. Outro veículo leve, também preso. Como um calçamento de qualidade pode ceder assim? Fica o alerta. O município precisa de respostas. E mais do que isso: precisa de responsabilidade com o dinheiro público e, principalmente, com a vida das pessoas."
Wgleyson de Souza, para o Pitada de Opinião.
A seguir, confira o vídeo: