
A Câmara Municipal de Santa Rita, que deveria ser a casa do povo e um símbolo de representatividade, inicia sua legislatura sob uma nuvem de decepção e polêmica. O vereador recém-eleito Clóvis de Lôi, que durante a eleição para a presidência da mesa diretora discursava sobre moralizar a Casa Antônio Teixeira e priorizar os interesses da população, parece ter abandonado suas próprias palavras ao nomear seu filho mais velho, Adjailson, como assessor parlamentar.
O ato, amplamente interpretado como nepotismo, causou indignação entre os santa-ritenses, que se sentem traídos por um discurso de renovação que não resistiu ao primeiro teste prático. Durante a disputa na Câmara, Clóvis foi um dos que disseminaram um discurso de falso moralismo, prometendo transparência e ética, mas esta nomeação deixa claro que suas intenções estavam longe de representar os valores defendidos em público.
Para a população, o gesto não apenas desmorona a imagem de um representante comprometido com o bem coletivo, mas também reforça a ideia de que a política local continua sendo um espaço de privilégios familiares e interesses pessoais. "Ele falava como se fosse o exemplo de moralidade, mas agora mostra que tudo não passava de discurso vazio. Enquanto isso, quem realmente precisa de oportunidade fica de fora", desabafa Antônio Carlos, morador de Várzea Nova.
A nomeação de Adjailson, feita às custas do dinheiro público, escancara uma postura que contraria os princípios da impessoalidade e da transparência, princípios que deveriam guiar a atuação de todos os agentes públicos. Para muitos, Clóvis não só decepcionou, mas colocou em xeque a credibilidade do discurso de renovação política que tentou personificar durante sua campanha.
Além disso, a decisão desvaloriza o papel da Câmara como instituição representativa da população e reforça a percepção de que muitos políticos ainda tratam cargos públicos como extensão de seus interesses particulares. A população, que confiava na promessa de um legislativo mais ético, agora se vê diante de mais um exemplo de favorecimento próprio em detrimento de quem realmente precisa.
Os santa-ritenses cobram explicações e exigem coerência de seus representantes, afinal, a Casa Antônio Teixeira, que leva o nome de um símbolo da história de Santa Rita, não pode ser palco para práticas que colocam os interesses familiares acima das necessidades da cidade. Clóvis de Lôi, que outrora prometeu moralizar o legislativo, agora precisa lidar com a própria incoerência e com a insatisfação de quem acreditou em suas palavras.
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