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APREENSÃO

Especialista diz que discurso de Donald Trump pode disparar preços da cesta básica no Brasil

Essas medidas podem gerar impactos profundos nas exportações do Brasil, pressionando o câmbio e aumentando os custos de produtos importados.


Foto: reprodução (internet)

O discurso de posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, gerou apreensão nos mercados internacionais e acendeu o alerta no Brasil, especialmente em relação aos preços da cesta básica. Trump anunciou medidas protecionistas, como o aumento de tarifas sobre importações de países estratégicos, incluindo o Brasil, além de declarar a intenção de revisar o controle do Canal do Panamá, rota importante para as exportações brasileiras.

Essas medidas podem gerar impactos profundos nas exportações do Brasil, pressionando o câmbio e aumentando os custos de produtos importados. A Real Cestas, empresa com 24 anos de atuação no mercado de cestas básicas, enxerga que a desvalorização do real frente ao dólar pode encarecer produtos essenciais como arroz, feijão e óleo de soja, afetando diretamente o consumidor final.

Além disso, a possível revisão do controle do Canal do Panamá é vista com cautela pela empresa, que destaca a importância da rota para o comércio exterior. Qualquer aumento nos custos logísticos ou atrasos nas operações pode comprometer a competitividade dos produtos brasileiros no cenário global, gerando incertezas para exportadores e para o mercado interno.

Com um cenário desafiador à frente, Gustavo Defendi, sócio-diretor da empresa, reforça seu compromisso em acompanhar de perto as mudanças no comércio internacional e buscar soluções para mitigar os impactos na cadeia de suprimentos, garantindo que seus clientes continuem a ter acesso a produtos de qualidade e preços justos, mesmo diante de um ambiente econômico volátil.

De acordo com o empresário a alta no preço dos insumos importados, combinada com custos logísticos elevados, tende a aumentar os valores dos itens básicos consumidos pelas famílias brasileiras. "O arroz e o óleo de soja, por exemplo, têm grande dependência de insumos cujos preços são influenciados pelo dólar. Se houver desvalorização do real, esses produtos ficarão mais caros para o consumidor final."

O milho, amplamente exportado pelo Brasil, é um exemplo claro de como tais políticas podem impactar o mercado interno. "Oscilações no preço internacional do grão, seja por demanda reduzida ou custos logísticos maiores, podem repercutir no custo de produção de carnes, ovos e leite, que dependem de ração animal. Isso se reflete diretamente nos preços dos produtos da cesta básica, pressionando ainda mais os consumidores brasileiros. A elevação do preço de alimentos básicos, como carne e derivados, tende a afetar principalmente as famílias de baixa renda", continua o diretor da empresa.

"A combinação de protecionismo comercial e incertezas no comércio global colocam em risco a estabilidade dos preços no Brasil. Medidas paliativas, como subsídios governamentais ou controle de preços, podem ser necessárias para mitigar os efeitos, mas a solução estrutural exige negociações diplomáticas robustas e estratégias comerciais que diversifiquem os mercados de exportação", finaliza Defendi.

Gustavo Defendi é sócio-diretor da Real Cestas, empresa que atua há mais de 20 anos no mercado de cestas básicas. Possui experiência corporativa, financeira e contábil no mercado da indústria alimentícia, gestão financeira, inteligência de negócios, estratégia e inteligência de mercado. Formação acadêmica na Escola de Engenharia Mauá e MBA em Estratégia de Mercado na Fundação Getúlio Vargas. Certificação para conselheiro no IBGC - Instituto Brasileiro de Governança Corporativa.

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