Neste sábado, dia 2 de novembro, durante a cobertura especial da TV Sertão em alusão ao Dia de Finados, a irmã de Geffeson de Moura Gomes, Gabriela de Moura, compartilhou suas angústias e esperanças em relação ao processo judicial que envolve a brutal morte de seu irmão. Geffeson foi tragicamente assassinado em uma blitz em Cajazeiras em março de 2021, um caso que chocou a sociedade pela violência e pela falta de justiça.
Gabriela revelou que o processo está em andamento e que, apesar da dor da perda, ela mantém a esperança em um julgamento justo. "O processo está em andamento, ainda não tivemos o júri, que provavelmente acontecerá no ano que vem, em 2025. Ultimamente, temos recebido muitas respostas positivas, através do Tribunal de Justiça da Paraíba. Em breve, teremos a data do júri", afirmou. Sua determinação em buscar Justiça pela memória do irmão é palpável e emocionante.
Relembrando o caso, segundo informações do Ministério Público da Paraíba (MPPB), Geffeson Moura foi confundido com Luiz Henrique Cunha Carvalho pelos policiais envolvidos, durante uma abordagem em uma blitz. As semelhanças fisionômicas entre os dois homens levaram a um erro de identificação que resultou em uma execução brutal. O delegado Osvaldo, ao se aproximar do veículo de Geffeson, disparou oito vezes contra o condutor à queima-roupa, sem oferecer qualquer chance de defesa.
Os depoimentos que emergiram da investigação revelam que, após o crime, os policiais sergipanos transportaram o corpo da vítima até um hospital em Santa Luzia, na Paraíba, simplesmente deixando-o na porta. Além disso, os acusados foram acusados de tentarem "plantar" uma arma em cena, supostamente utilizada por Geffeson, mas essa alegação foi prontamente desmentida pela investigação.
As provas coletadas demonstraram que a arma apresentada não foi localizada pela Polícia Civil da Paraíba no local do crime, surgindo apenas durante os depoimentos dos acusados. A arma, conforme apurado, estava registrada em nome de um ex-policial militar sergipano que já havia falecido, o que adiciona mais complexidade e gravidade ao caso.
A busca de Gabriela e sua família por Justiça continua, e suas palavras ecoam a luta de muitos que clamam por respostas em casos de violência. "Nós não vamos parar até que a verdade seja revelada e que meu irmão tenha a Justiça que merece", conclui Gabriela, determinada a manter viva a memória de Geffeson.
A cobertura do Dia de Finados pela TV Sertão oferece não apenas um espaço de reflexão sobre a perda e a dor, mas também uma oportunidade de destacar a importância da justiça e da dignidade para aqueles que foram tragicamente silenciados.
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Fonte: PORTAL SERTÃO