Neste sábado, 2 de novembro, Cajazeiras se une em um momento de reflexão e lembrança em homenagem aos entes queridos que partiram. Nas cidades, o Dia de Finados é marcado por celebrações que vão além da dor, e muitos aproveitam a data para gerar renda extra. Este é o caso de Cida Pé no Chão, uma ambulante que vende coroas de flores, velas e outros itens essenciais para as homenagens.
Cida relata a importância dessa data não apenas do ponto de vista sentimental, mas também econômico. "A tradição não deixou de existir", afirma. "Neste dia, muitas pessoas aproveitam para fazer uma renda extra, vendendo água, arranjos, velas. Essa tradição de visitar os entes queridos é uma oportunidade tanto para os comerciantes quanto para os ambulantes."
Ao longo do dia, os cemitérios se enchem de famílias que chegam para prestar suas homenagens, trazendo flores, velas e orações. Cida destaca que muitas pessoas buscam itens que simbolizam seu carinho e respeito pelos que já se foram, e isso impulsiona a economia local. O movimento é intenso, e a atmosfera é de saudade, mas também de solidariedade e apoio entre os que vendem e os que compram.
"Para nós, ambulantes, esse dia é uma chance de garantir um pouco a mais para nossas famílias. É um trabalho duro, mas é gratificante ver que o que vendemos faz parte de um momento tão especial para as pessoas", explica Cida.
A relevância do Dia de Finados transcende o luto, pois reafirma laços familiares e traz à tona a importância das tradições. Além das vendas realizadas por ambulantes, o comercio local também se beneficia, pois muitos supermercados e floriculturas veem um aumento significativo na demanda por produtos relacionados à data.
Assim, o Dia de Finados se revela como um dia de contradições - de dor e de celebração, de perda e de lembrança, mas também de oportunidade e de sustento para muitos. A história de Cida e de outros ambulantes que se dedicam a ajudar os que vêm prestar suas homenagens ilustra como a economia local pode prosperar mesmo nos momentos mais difíceis, destacando a resiliência e a criatividade de quem vive da luta diária.
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Fonte: PORTAL SERTÃO