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ASSASSINATO

Major da PM diz que abordagem que resultou na morte de jovem em Orlândia obedeceu protocolo, mas tiro deve ser investigado

O comerciante João Victor Moura Rangon, de 27 anos, foi baleado na cabeça na madrugada desta quarta-feira (2). Policial responsável pelo disparo foi preso em flagrante.

Major da PM diz que abordagem que resultou na morte de jovem em Orlândia obedeceu protocolo, mas tiro deve ser investigado
Major da PM diz que abordagem que resultou na morte de jovem em Orlândia obedeceu protocolo, mas tiro deve ser investigado

O major da Polícia Militar Helder Antonio de Paula afirmou na tarde desta quarta-feira (2) que a abordagem da PM que resultou na morte do comerciante João Victor Moura Rangon, de 27 anos, foi dentro dos protocolos internos definidos pela corporação, mas destacou que a conduta do policial Artur Filgueiras Cintra, de 28 anos, deve ser investigada.

Foi da arma dele que saiu o tiro que matou o jovem. O caso aconteceu nesta madrugada em Orlândia (SP). Cintra foi preso em flagrante e deve passar por audiência de custódia.

À EPTV, afiliada da TV Globo, o major disse que, apesar do desfecho da ocorrência, as ações tomadas pela PM estão dentro do esperado.

"No momento da abordagem do veículo, ela foi um sucesso. O veículo foi imobilizado na via e então haveria, naquele momento, a abordagem e vistoria daqueles ocupantes, se verificaria o motivo que determinou a não parada deles no momento que o policial determinou a parada lá atrás, baseada em um veículo que tinha insulfilm, que estava com alguma conduta que chamou a atenção do policial dentro de sua cultura e ciências policiais".

"Como foi visto nas imagens, temos o encontro das duas partes, as pessoas que estão dentro do carro, e os policiais estão atuando, tudo isso dentro de uma técnica policial. E aí, por motivos que ainda têm de ser esclarecidos, que as imagens não esgotam o assunto, no lado contrário que as imagens mostram, nós temos um policial interagindo com o motorista e nessa conexão, nessa verbalização, nessa ação policial, houve um disparo", diz de Paula.

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Ainda segundo o major, é este ponto, do porquê do disparo, que ainda deve ser esclarecido. Isso porque o PM preso ainda não foi ouvido pela corregedoria da Polícia Militar.

"Ainda está obscura a razão desse disparo e seria precoce da nossa parte afirmarmos uma conduta ou outra como correta ou não. O que nós temos, falhamentos básicos que denotaram que ali nós deveríamos prender o policial em flagrante em virtude das circunstâncias, que dentro do inquérito policial agora serão apuradas com maior delonga. Respeitando o processo legal, ele está sendo ouvido na delegacia de São Joaquim da Barra e esclarecendo quais foram as circunstâncias do disparo. Aí, em um segundo momento, poderemos trazer a versão dele dos fatos".

Segundo boletim de ocorrência, João Victor conduzia um carro modelo Ford Focus e desrespeitou a ordem de parada, o que deu início a uma perseguição. O caso aconteceu por volta da 1h desta quarta-feira.

O registro diz que, durante a fuga, João Victor e o irmão passaram por Sales Oliveira (SP), Morro Agudo (SP) e São Joaquim da Barra (SP) antes de retornarem para Orlândia. Já na Avenida Quatro, na região central, os policiais conseguiram cercar o veículo, que parou.

Ainda segundo o boletim de ocorrência, a arma de um dos policiais disparou e atingiu a cabeça de João Victor. Ele foi socorrido, mas chegou morto ao hospital. O irmão sofreu escoriações no braço e no punho. Nada de ilícito foi encontrado com os homens e nem dentro do carro.

O caso foi registrado e será investigado como resistência e homicídio decorrente de oposição à intervenção policial.

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