De acordo com a denúncia apresentada pela oposição contra João Cleber (AIJE nº 0600234-53.2024.6.15.0037), o prefeito é acusado de abuso de poder político e econômico. A investigação revela que ele estaria oferecendo cargos na administração pública em troca de votos, um comportamento que, se confirmado, é considerado ilegal. A legislação permite que o município contrate até 66 pessoas sem concurso público, o que equivale a 30% do total de servidores efetivos. No entanto, dados colhidos em portais de transparência demonstram que João Cleber mantém um total de 164 contratados, mais que o dobro do limite legal.
Além disso, a situação se agrava com a existência de uma "folha de pagamento clandestina", onde 55 pessoas estariam recebendo mensalmente, apesar de não possuírem contratos formalmente assinados com a prefeitura. Essas irregularidades poderiam resultar na cassação dos registros de candidatura de João Cleber e do vice-prefeito, Francisco de Assis Lisboa Filho, caso sejam comprovadas.
Outro capítulo da crise é a investigação referente à construção de um portal turístico na cidade, onde João Cleber também está sob escrutínio do Tribunal de Contas da Paraíba. Com um prazo de 20 dias para apresentar sua defesa, o prefeito é acusado de irregularidades na execução da obra, que teve um custo estimado em mais de meio milhão de reais.
De acordo com o TCE, a empresa responsável pela obra, a ALS Construções, Serviços e Eventos EIRELI, opera com apenas um funcionário, levantando questões sobre a viabilidade da execução de um projeto dessa magnitude. Embora a prefeitura tenha pago R$ 550.282,73, somente 56% do trabalho foi efetivamente realizado. Além disso, foi descoberto que um aditivo que previa serviços adicionais de R$ 136.660,23 não teve pagamentos registrados, e R$ 8.586,22 ainda não foram realizados. O Tribunal de Contas determinou que João Cleber devolvesse aos cofres públicos R$ 241.135,60, referentes a serviços não prestados.
Se as graves acusações se confirmarem, o futuro político de João Cleber poderá estar em risco. As consequências podem incluir não apenas a cassação de sua candidatura, mas também a perda do mandato, caso ele seja reeleito. A sociedade de Santa Helena aguarda ansiosamente o desfecho dessa situação, que reflete uma crise de governança e confiança nas instituições públicas.
Fonte: PORTAL SERTÃO
