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CAJAZEIRAS BOA!

Uma reflexão sobre o processo eleitoral de Cajazeiras

Neste processo um fato me deixou mais uma vez perplexo: o de político "invadir" uma emissora de rádio

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O que é o tempo? Santo Agostinho nos diz que o tempo é o que é. E se nos perguntarem o que é o tempo, não sabemos responder. No mundo dos políticos o tempo parece ter outra dimensão. Uns usam a estratégia do esquecimento quando os fatos não lhes são favoráveis, outros imergem nas profundezas da memória para buscar os que lhes agradam. O que é o ser humano sem a sua memória?

Em 2024 a cidade de Cajazeiras já está vivenciando o processo sucessório municipal, quando vamos eleger no mês de outubro o novo prefeito e os 15 vereadores que compõem a Câmara Municipal. É chegada a hora de saber a verdadeira história de cada um dos candidatos.

Os fatos que estamos vivenciando nos últimos dias, tentando visitar um passado, imaginável e palpável, no silêncio dos arquivos e da força poderosa da memória, não são tão diferentes uns dos outros. Mudam apenas alguns personagens da vida pública de nossa cidade, além do tempo.

Neste processo um fato me deixou mais uma vez perplexo: o de político "invadir" uma emissora de rádio, como aconteceu recentemente, para ocupar os seus microfones sem um prévio agendamento, ou sem conhecimento dos seus diretores e proprietários como já aconteceu no passado. Mudou apenas os personagens, mas o cenário foi quase o mesmo. Tanto no passado longínquo, quanto no recente, só as narrativas para justificar a ousadia dos fatos foram diferentes e com conseqüências impares: numa foi preservado, por conveniência política, a integridade dos funcionários e da empresa, no outro, também por motivação política, falou mais alto a paixão partidária e o poder, que é tão efêmero como um passar das nuvens, foi o que prevaleceu e a corda acabou arrebentando do lado do mais fraco.

Em 1788, o francês Marie Jean Antoine Nicolas de Caritat, Marquês de Condorcet, pensador, economista e matemático e que defendia a abolição da escravidão, escreveu uma carta endereçada aos escravos negros e finalizava assim: "nada é mais comum do que as máximas da humanidade e da justiça; nada é mais quimérico do que propor aos homens de ali confrontar a sua conduta".

"O tempo é o que é", como disse Santo Agostinho. Dois fatos em tempos diferentes, ambos, talvez, demonstrem olhares com ângulos diferenciados, mas forjados no que existe de mais triste sobre o ser humano: prepotência, pequenez, arrogância e uma imensa falta de humildade.

Hoje me alimento mais de lembranças do que de esperanças. Sim, as lembranças de quando era menino, pulando muros, subindo em goiabeiras, descobrindo novas trilhas, saboreando novas frutas dos quintais dos vizinhos, tomando banho de bica e de riachos caudalosos, inventando jogos e brincadeiras e principalmente quando os dias começavam com o cheiro do café e com o relinchar do jumento anunciando que já era meio-dia. Na minha infância nada, mas nada mesmo me aflora na memória sobre política, a não ser de ouvir pelo rádio o suicídio de Getúlio Vargas. Passado o tempo é que pude entender a transcendência do fato.

Mas as esperanças sempre foram minhas inseparáveis companheiras. Volto ao tempo. Mas, em quanto tempo vou ver as minhas esperanças serem concretizadas? Quantas são para que eu possa ver a minha amada cidade de Cajazeiras em um patamar que eu sempre sonhei? Tudo depende de todos nós e da forma como vamos escolher o novo prefeito e os novos vereadores.

As lembranças dos fatos e dos homens que irão se postar diante dos milhares de cidadãos nas próximas eleições poderão nos ajudar na busca de nossas esperanças e de melhores dias para o povo.

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